Com 'investidor secreto' e material da PF, filme da Lava Jato custará R$ 15 milhões

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Uma das produções nacionais mais polêmicas do ano, o filme "Polícia Federal - A Lei É Para Todos" gastará cerca de R$ 15 milhões para contar a história dos primeiros anos da Operação Lava Jato, sob o ponto de vista dos policiais. A equipe contou com armas, uniformes, carro, helicóptero e até avião cedidos pela PF, mas o produtor Tomislav Blazic garante que ela será bancado por investidores que não serão revelados e "zero dunheiro público". O sigilo sobre os investidores seria uma forma de proteção aos empresários, que temem até a própria integridade física. Com lançamento previsto para julho, o filme deverá ter uma abordagem mais próxima ao entretenimento do que ao panfleto político. Mesmo assim, o diretor Marcelo Antunez admite à Folha de S. Paulo que, ao adotar a ótica dos investigadores, deve se indispor com metade "deste Fla-Flu incrível que o caso criou no país". "Tem gente que vai ver que nós tentamos [a neutralidade], e tem gente que vai dizer que não adiantou nada", previu Antunez. A produção deve abordar o início das investigações e terminará com o depoimento compulsório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como esta escolha temporal deixou de fora fatos e prisões importantes da investigação, Tomislav explica que o plano é fechar uma trilogia sobre o caso. Ary Fontoura interpretará Lula, Sandra Corveloni será Dona Marisa e Antonio Calloni será Ivan Romano, um personagem ficcional que reunirá diversos delegados da PF. Segundo a Folha, a referência mais forte da personagem é Igor de Paula, um dos chefes da operação, mas que não participou de momentos icônicos como a condução coercitiva do ex-presidente. Já o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, será interpretado por Marcelo Serrado. Os atores da produção visitaram a carceragem da PF em Curitiba e conversaram com agentes.

BN